domingo, 24 de fevereiro de 2008

FAZER O QUE VOCÊ GOSTA X GOSTAR DO QUE VOCÊ FAZ

Oiiii...

Muitas vezes me questionei, sobre trabalhar com o que gosto, e ainda não ter encontrado isso... Essa semana meu pai me mandou este texto... achei perfeito... espero que gostem...

"A escolha de uma profissão é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios, pais e orientadores vocacionais acabam recomendando "fazer o que se gosta", um conselho confuso e quivocado.
Nenhuma empresa paga o profissional para fazer o que os funcionários gostam que normalmente jogar futebol, ler um livro ou tomar chope na praia.
Justamente, paga-se um salário para compensar o fato de que o trabalho é essencialmente chato. Mesmo que você ache que gosta de algo no início de uma carreira, continuar a gostar da mesma coisa 25 anos depois não é tão fácil assim.
Os gostos mudam, e aí você muda de profissão em profissão? As coisas que eu realmente gosto de fazer, eu faço de graça, como organizar o Prêmio Bem Eficiente; ou faço quase de graça, como escrever artigos para a imprensa.
Eu duvido que os jogadores profissionais de futebol adorem acordar às 6 horas todo dia para reinar, faça sol, faça chuva. No fim de semana eles jogam bilhar, não o futebol que tanto dizem dorar.
O "ócio criativo", o sonho brasileiro de receber um salário para "fazer o que se gosta", somente é alcançado por alguns professores de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral.
Nós, a grande maioria dos mortais, terá que trabalhar em algo que não necessariamente gostamos, mas que precisará ser feito. Algo que a sociedade demanda.
Toda semana recebo jovens que querem trabalhar na minha consultoria num projeto social. "Quero ajudar os outros, não quero participar deste capitalismo selvagem". Nestes casos, peço para deixarem comigo seus sapatos e suas meias, e voltarem a conversar comigo em uma semana.
Normalmente nunca voltam, não demora mais do que 30 minutos para a ficha cair.
É uma arrogância intelectual que se ensina nas universidades brasileiras e um insulto aos apateiros e aos trabalhadores dizer que eles não ajudam os outros. O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem "fazer o que gostam?"
Quem irá retirar o lixo, que pediatra e obstetra atenderá você às 2 da madrugada?
Vocês acham que médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos porque gostam?
Felizmente para nós, os médicos, empresas, hospitais e entidades beneficentes que realmente ajudam os outros, estão aí para fazer o que precisa ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Eu respeito muito mais os altruístas que fazem aquilo que precisa ser feito, do que os egoístas que só querem "fazer o que gostam".
Teremos então que trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressora?
A saída é aprender a gostar do que você faz, em vez de gastar anos a fio mudando de profissão até achar o que você gosta . E isto é mais fácil do que você pensa...
Basta fazer o seu trabalho com esmero, um trabalho super bem feito. Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfeição.
S quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitirão fazer seu trabalho com distinção e que o colocarão à frente dos demais.
Sempre fui um perfeccionista. Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz questão de faze-las bem feitas. Sou até criticado por isto, demoro demais, vivo brigando com quem é medíocre, reescrevo estes artigos umas 40 vezes para o desespero dos editores, sou super exigente, comigo e com os outros.
Hoje, percebo que foi este perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer. Se você não gosta do seu trabalho, tente faze-lo bem feito .
Seja o melhor na sua área, destaque-se pela sua precisão. Você será aplaudido, valorizado, procurado e outras portas se abrirão. Você vai começar a gostar do que faz, vai começar até a ser criativo, inventando coisa nova, e isto é um raro prazer.
Faça o seu trabalho mal feito e você estará odiando o que faz, a sua empresa o seu patrão, os seus colegas, o seu país e a si mesmo.
Este é na minha opinião, o problema número 1 do Brasil. Fazemos tudo mal feito, fazemos o mínimo necessário, simplesmente porque não aprendemos a gostar do que temos de fazer e não realizamos tudo bem feito, com qualidade e precisão.
É o que os especialistas chamam de ser um profissional "WORK LOVER". Nós chegaremos lá, se Deus quiser...."

(Por Stephen Kanitz, formado em Administração de Empresas por Harvard e Articulista da VEJA)

Por hoje é só pessoal...
Beijuss Ale

5 comentários:

Tati Alves disse...

Amei o texto amiga !!! Alias estou na segunda ja, rs...
Saudades, beijocas

Déia disse...

Nossa!
Perfeito!!
Inspirador!

Rô Philippsen disse...

Que texto bacana amiga! Obrigada por partilhar com a gente.
Beijocas

patricia dias disse...

Ale,

Eu vim aqui atrás de notícias suas, não encontrei, hehehe... mas esse texto é muito bom mesmo.


bjos,

MissBFashion disse...

Um texto muito bem feito e que fala a verdade.

Feliz Páscoa!
Beijos.
Sara.